domingo, 3 de agosto de 2014

Viver é amar, amar é viver.

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", já dizia o saudoso poeta Renato Russo. Hoje quero aprofundar minha reflexão sobre o assunto que comecei nesse post (sugiro que o leia antes de continuar, caso ainda não o tenha feito) e falar um pouco daquilo que é a essência de tudo o que é, o amor.

Quebrando mitos e tabus


A questão de entender o que seja o amor acredito ser o maior desafio para nós. No post indicado no início, falei sobre a confusão em torno da dupla apego/amor. Se você entendeu a diferença entre eles, já é um bom começo. Mas entender é só o primeiro passo. Falo isso com conhecimento de causa, pois à época que escrevi o primeiro post, eu entendia, mas não praticava. Ou seja, sabia diferenciar o amor do apego, mas não era capaz de viver o amor em sua plenitude esmagando o apego e, consequentemente, domando o ego.
Viver o amor incondicional é uma tarefa que requer que se saia da zona de conforto e tome algumas atitudes que exigem um confronto direto com o status quo, com as crenças ensinadas a nós desde a infância, com o moralismo judaico-cristão imperante e, principalmente, uma luta contra o ego.

Vou exemplificar dois dos principais tabus que nos são impostos pela sociedade:


  • "Até que a morte os separe": Esta frase repetida em todos os casamentos ocidentais trás consigo um peso tremendo! Significa que o casamento é para a vida toda e que somente a morte pode separar os casados. Hoje, já não nos apegamos tanto assim a este tabu, vide o numero de divórcios. Mas existe uma crença mais profunda nesta frase, que veremos no próximo ítem;
  • "Temos que encontrar nossa alma gêmea, a outra metade da laranja": Ora, essa crença implica que não é possível amar, românticamente falando, mais de uma pessoa! É uma crença "irmã" da anterior. Como esta crença é falsa, na prática, vemos pessoas que traem seus parceiros e que vivem conflitos internos terríveis por achar que estão agindo de maneira errada quando sentem atração ou mesmo amor por mais de uma pessoa. Em contrapartida, essas mesmas pessoas não tolerariam que seus parceiros amassem outros por medo de serem trocados visto que acreditam no amor exclusivo e não conseguem conceber que seja possível amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Esses tabus nos forçam a nos relacionar amorosamente de forma monogâmica e geram relacionamentos baseados em apego e não em amor. Visto que o amor incondicional não impõe a exclusividade, muito pelo contrário. A natureza do amor é o expandir, o compartilhar, o doar. 

A consequência dessas crenças limitantes é que as pessoas se agridem ao negar sua própria natureza, que é amar, e vivem uma vida de aparências e hipocrisia fazendo às escondidas aquilo que deveria ser feito às claras. Quebrar esses tabus e viver uma vida plena de amor é um desafio que poucos tem coragem de enfrentar.


As consequências lógicas do amor sem restrições


Na teoria tudo é muito lindo, faz todo sentido, não é verdade? Porém, a prática pode ser mais complicada e dolorosa do que você pensa! Afinal, amar incondicionalmente, não somente os "parentes", o que já é complicadíssimo, mas também os "amantes", nos coloca em uma posição extremamente vulnerável no que diz respeito aos padrões sociais e também em relação ao nosso ego. Amar sem cobrar nada em troca significa estar preparado para que seu objeto de amor possa se relacionar com quantas pessoas quiser e desejar, amar quantas pessoas quiser e, ainda assim, você continuar a amá-lo.


Cavando um pouquinho mais o assunto


Aprofundando mais no nosso entendimento do que seja amar e amor, vejo o quanto a ilusão do mundo físico tem deturpado nosso conceito sobre o assunto. Senão vejamos: Esse mundo é transitório, finito, mutável. Entretanto, o amor é eterno, infinito! Como então conciliar esses dois opostos? 

Explicando na prática, levando em consideração o eterno, alguém que hoje está neste mundo transitório como seu amante, numa próxima vida poderá vir como seu irmão, pai ou mãe! Da mesma forma o inverso pode acontecer, um parente de uma vida, pode vir como o amante de uma outra e todas essas relações são formas de amor. 

No astral, toda essa ilusão de amor romântico e alma gêmea cai por terra, pois aquela que hoje você acredita ser sua alma gêmea, ao chegar "do lado de lá", você poderá descobrir que, em uma outra vida, ela não era seu "amor", era sua mãe ou, até mesmo, seu pior inimigo! Assim constato o quanto somos infantis neste mundo ao desgastarmos nossas relações de amor, tando o "fraterno" quanto o "romântico" com ciúmes e sentimentos de posse. Se o amor for verdadeiro ele se perpetua na eternidade! E lá ele se expressa em sua plenitude, sem os desejos terrenos, sem os interesses pessoais, sem o apego. E do lado de lá também se compreende a pluralidade e infinita capacidade que temos de amar e amar a muitos! Pois somos uma partícula do Criador e o criador é puro amor e ama a todos.

Tudo o que escrevi aqui não é nenhuma novidade. Muita gente já caiu a ficha sobre isso antes e nos deixou pistas para pensarmos. Abaixo deixo duas músicas de homens a frente de seu tempo que compreendiam isso e nos deixaram registrados em música o que pensavam:

Raul Seixas, na música A maçã 



E Caetano Veloso, Nosso estranho amor


Um abraço.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quero sua sugestão

Amigos, geralmente escrevo no blog coisas que acho q precisam ser ditas. Não sou daqueles que escrevem por escrever ou por querer ter "audiência". Por isso não escrevo com muita freqüência. Então, caso tenham algo que eu não tenha escrito e que vocês queiram saber minha humilde opinião a respeito, abro o espaço para que vocês sugiram ou perguntem o que achem que talvez eu possa ajudar. 

Um grande abraço a todos.