quarta-feira, 30 de março de 2011

Vida vazia, vida perdida

Depois de uma pausa para reflexão, retorno novamente para trazer o resultado deste período contemplativo. Durante este pequeno “recesso”, algumas questões vieram à tona, me questionando, confrontando e me fazendo pensar no propósito de minha vida e na vida que as pessoas em geral levam. O título do post pode até parecer meio depressivo. De fato, observando o cotidiano do cidadão médio, não há outro sentimento que possa vir como resultado.

Massagem no Ego?


Um dos questionamentos que me assaltaram neste meio tempo foi o seguinte: “Estarei eu utilizando o espaço do blog somente para me auto promover e inflar o Ego?” Essa pergunta me atingiu de uma maneira um tanto inesperada, mas, não deixa de ser uma possibilidade. Afinal, o Ego é ardiloso e se não o mantivermos em rédea curta, já sabemos o que pode acontecer.
Bom, voltando ao assunto, a resposta para tal pergunta não é tão óbvia quanto um sim ou não. Temos a tendência de polarizar tudo na nossa realidade, entretanto, o universo não é regido pela polaridade, mas pelo equilíbrio. Polaridade leva ao conflito, à desarmonia, ao caos. No caso da questão sobre o blog estar sendo uma ferramenta para massagear o meu Ego, tenho que admitir a você que a resposta é sim e não. Como assim?! Meu ego quer se promover e se sente lisonjeado com a quantidade de acessos, com os elogios nos comentários e tudo o mais. Se algum blogueiro disser que não sente a mesma coisa com o “sucesso” de audiência está enganando seus leitores ou não conhece a si mesmo. Porque essa é a natureza do Ego, se auto afirmar e buscar a primazia sobre a essência divina. Há algo de perverso nisso? Depende. Se o ego for o senhor de sua vida, a perversidade estará manifesta e todo o esforço empreendido comprometido, entretanto, se o ego estiver em seu devido lugar (como parte da ferramenta corpo/mente para manifestação do Ser neste plano de existência) então o Ser pode “administrar” esse rompante egóico e compreender que isso não passa de infantilidade e rebeldia do “instrumento” querendo, em vão, mostrar o seu valor. É aí que o não da questão se faz presente e trás como consequência a razão de ser deste “empreendimento”: Contribuir com a evolução humana da maneira mais singela e possível a esta partícula do criador. Sendo assim, continuemos focados no objetivo de crescer e ajudar os outros a fazer o mesmo.

Viver pra que mesmo?

É desanimador observar como as pessoas jogam suas vidas fora. O fascínio pelo mundo é tamanho que ofusca qualquer tentativa de fazer desta vida algo útil para o planeta, para a espécie e para si próprio. Vejo pessoas se submeterem às mais degradantes situações só para manter ou atingir um status-quo na sociedade que não passa de ilusão e esterco.
Algo emblemático que me fez pensar sobre isso é o absurdo mundo das celebridades (que de celebre não tem nada). Alguns podem achar que eles são aqueles que se deram bem na vida, são os vencedores e o modelo a ser seguido. Mas será mesmo? Se é assim, por que os tabloides estão cheio de notícias sobre suicídios, prisões, alcoolismo, drogas, divórcios e todas as atitudes de quem quer fugir da realidade? Há algo de errado aí, e estes são os sintomas que vêm à tona. Na verdade estas celebridades estão no topo da insanidade humana! Cantores que se submetem a jornadas desumanas de shows para poder manter a riqueza pessoal e o sucesso, compositores levados ao desespero para emplacar outro sucesso nas paradas, praticamente fritando seus cérebros para que a criatividade aflore com toda a frequência frenética necessária para matê-los na mídia; escritores, idem; atores que emplacam um filme atrás do outro, modelos obsessivas com o próprio corpo são levadas ao desespero com a chegada da idade ou uns quilos a mais. E o que inicialmente era algo prazeroso (cantar, atuar, escrever, jogar), passa a ser um martírio e, assim, todos são levados ao limite do seu potencial por um objetivo ilusório e que, no fim, os torna escravos de seus próprios desejos, deixando de lado, por conseguinte, a razão de ser de seu esforço: viver a vida.
As celebridades são o exemplo máximo, mas cada cidadão do planeta, em um grau menor, é verdade, vive o mesmo drama: Passa os primeiros anos da vida numa escola que irá prepara-lo(?!!?) para trabalhar, ter filhos constituir uma família. Então o cidadão adquire a famigerada ambição e não se satisfaz em ter o bastante, mas quer ter mais e mais. Quer ser como as celebridades, ganhar muito dinheiro, poder fazer o que bem quiser e ser tão belo quanto... (vira escravo do Ego). Como os recursos são limitados e nem todos tem talento/capacidade de ir tão longe, o cidadão comum repousa na sua mediocridade.
A maioria aceita com resignação a vida programada desde o princípio. Não, é claro, sem o esporão da frustração lhe espetar todos os miseráveis dias de sua vida: “Por que não nasci rico, por que não tenho um talento extraordinário, por que não sou tão bonito...” E nessa frustração fica cego e também esquece de viver a sua vida e vive da ilusão da beleza inalcançável (a não ser que tenha um photoshop pra ajudar) da fortuna e da vida dos outros. Não é a toa que os tabloides, sites de fofoca, revista de beleza e boa forma, e a TV tem tanta audiência.
É por isso, querido leitor, que não caio na armadilha do meu Ego e não transformo algo prazeroso, com propósito e objetivo definido (que é escrever aqui), em uma busca insana por “audiência” e popularidade, sendo levado a cair na mesma insanidade descrita no inicio deste tópico. Tenho uma vida para viver e descobertas a fazer assim como cada um que está neste mundo.

Fique atento e não caia nesta armadilha também.

Um abraço.

sábado, 12 de março de 2011

Onde você foca sua atenção, aí está sua condição


Onde você está focando sua atenção? Na ressaca do carnaval, no terremoto do Japão, no domingão do Faustão? Você pode não estar ciente disso, mas existe uma responsabilidade individual com o próprio estado de consciência. Por que? É sobre o que iremos refletir neste post.

De quem é a culpa?

Pare um instante e perceba a realidade ao seu redor... lembre-se de como está sendo o dia de hoje para você. O que você assistiu na famigerada TV, por onde andou, quais foram as circunstâncias as quais você decidiu dar atenção? A resposta a essas perguntas irá te dizer qual realidade você está criando para você e para o planeta. Você ficou chocado(a) com a catástrofe do Japão, pesquisou muito sobre isso na internet? Achou que o terremoto é mais um sinal do fim? Aproveitou para pesquisar sobre sinais apocalípticos? Se sua resposta é sim, saiba que você contribuiu para o que aconteceu e, além disso, está construindo um cenário catastrófico bem mais grave para um potencial futuro. É isso mesmo, amigo(a), a culpa não é de Deus, dos demônios ou dos Iluminatti, a culpa é Sua! 
Pode parecer um discurso duro, mas é a mais pura verdade. Já vimos aqui e aqui como o universo é uma combinação coletiva das realidades que cada um cria para si. Então, se você não está satisfeito com o mundo em que vive, deixe de colocar a culpa em qualquer agente externo, e busque dentro de você a sua contribuição e mude isso. Anda vendo muito o programa do Datena? Não fique surpreso depois se um assaltante o abordar.  Anda insatisfeito com seu emprego? Tarááá, procure sua carteira de trabalho que muito em breve alguém poderá solicitá-la. é simples assim, amigo, onde está sua atenção, aí estará a realidade que você busca.

Parece clichê, mas...

Para mudar o mundo, comece mudando a você mesmo. Quantas vezes você já escutou isso? Muitas né. E quantas vezes você deu ouvidos a isso? Se você anda por aqui, devo assumir que o bichinho da inquietação já o mordeu e você já não é mais um zumbi passando pela vida sem vivê-la. Entretanto, você precisa começar a entender que apenas ler sobre alguns assuntos "pouco ortodoxos" não vai fazer de você alguém melhor e tampouco mudar o rumo para onde as coisas estão indo. Você tem uma responsabilidade cósmica com a qualidade de sua consciência. Mesmo aquele vizinho que passou a semana inteira na farra e agora lamenta que tenham sido apenas cinco dias de carnaval (ou seja, aquele zumbi), tem essa responsabilidade.  Entretanto, não faz diferença se ele ou você tenha ciência disso. A sua responsabilidade é cobrada a cada evento que se materializa em sua vida e no resto do planeta. Se você não tomar essa responsabilidade para si, outras pessoas continuarão a tomá-la por você! E eu acredito que você não esteja muito satisfeito com os rumos que estão dando para nossa realidade, não é mesmo? Então, meu amigo, pare de ficar só na teoria e AJA! Já passou da hora de mudarmos o foco de nossa atenção e passarmos a escolher aquilo que queremos para nossas vidas. Eu sei que a sensação de clichê continua, mas ninguém virá te salvar daquilo que você escolhe a cada segundo como sua realidade, só você pode se libertar disso. Lembra da lenda do vampiro? Pois é, ele só entra na sua casa se você o convidar!!! Nada mais longe da ficção que isso.

Por onde começar?

No blog tem muitos toques sobre como começar, mas o mais importante é estar consciente o máximo de tempo possível. Como assim? Alguém perguntaria. Bom, já vimos aqui que o fato de estar acordado, pensando e fazendo coisas não significa estar consciente. A grande massa de humanos neste planeta passa a maior parte de sua vida vivendo inconscientemente. Escravizado pelo Ego, o homem esquece quem é e desperdiça a vida que planejou. É duro para o Ser ter que assistir ao Ego humano estragar sua oportunidade de crescer e contribuir para melhorar este planeta. Mas é isso que acontece com boa parte de nós. Então, amigo, primeiro de tudo você precisa acordar.  Desligue a TV, o rádio o computador, pare de dar atenção a estes aparelhinhos que foram criados para manter você longe de sua essência e de você mesmo. Já reparou o quanto sua atenção é solicitada? Você perde tanto tempo dando atenção e esses aparelhinhos e suas distrações que deixa de focar no mais importante: Você mesmo. A coisa é tão séria que alguns não suportam o silencio. Se estão sós sem alguém com quem conversar, não aproveitam para conversar consigo mesmo, ligam o rádio ou a TV e continuam hipnotizados. Então, amigo, comece por curtir a si mesmo. Abrace o silencio e veja o que acontece. Divague, converse com você mesmo e imagine uma vida melhor. Deixe as pré-ocupações de lado e foque só em você. Quem sabe com o tempo você consiga ouvir o seu Eu? Acho que esse seria um bom começo, depois disso, você mesmo saberá por onde deve ir. Acredite, já passei por isso também.

Então é isso, aperte o off e boa viagem.

Um abraço.