sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sereis como Deus


"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?
E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos,
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gênesis 3: 1-5)

Hoje quero conversar com você sobre o mais eficaz mecanismo de controle mental: Religião. E mais precisamente sobre a cristã, que conheço muito bem por já ter sido um fundamentalista fiel.

A grande mentira de Satanás

No trecho da bíblia acima coloquei aquilo a que os cristãos chamam de a grande mentira de Satanás, que foi ludibriar Eva com a promessa de que ao comer do fruto proibido, ela e seu marido seriam como os deuses, conhecedores do bem e do mal. Ora, vendo por essa ótica, o que eu e tantos outros blogs estão fazendo é repetir a mesma mentira da "antiga serpente", pois já afirmei diversas vezes neste blog que somos centelhas do criador, co-criadores, e dotados de natureza divina. Isto é, somos como Deuses
Caso algum cristão fundamentalista esbarre por aqui, ficará de cabelos em pé e provavelmente sairá o mais depressa possível deste blog taxando-o de coisa do demônio, blasfêmo e herege. Sei disso porque já agi exatamente dessa forma. Por um tempo, achei que minha estada no cristianismo fora um desvio no meu caminho, um atraso de vida. Hoje sei que estava nos planos de minha essência divina que eu passasse por isso, para assim, poder compreender os mecanismos limitantes da consciência a que as pessoas se submetem ao abraçar tal religião. 
A grande mentira não é a de Satanás. A grande mentira é daqueles que querem que você acredite que um inimigo imaginário de Deus proferiu tais palavras. Palavras estas que o conduzem para o caminho oposto ao qual deves seguir. Essa é a grande mentira. Muito conveniente para os controladores dizer que quem te conta que você é um "pedaço" de Deus, está repetindo a "lorota" do Demo. Os que acreditam nisso rechassam toda e qualquer possibilidade de despertar, pois permanecem presos ao medo de se tornarem hereges e sofrerem o castigo divino por dar ouvidos a tais "mentiras". 

Será mesmo mentira?

Agora, amigo leitor, deixe-me transcrever trechos da própria biblia, que nos dizem exatamente a mesma coisa que o "capiroto" disse. E pra piorar, esses trechos são falas do próprio Jesus: 

"Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim." (João 17: 21-25)

Não pense que as palavras de Jesus ficaram impunes, já naquela época, os religiosos pensavam exatamente como os de hoje, veja:

"Eu e o Pai somos um.
Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar.
Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?
Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?
Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
Àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?
Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.

Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele." (João 10: 30-38)

Agora transcrevo o trecho que o mestre citou aos judeus:

"[Salmo de Asafe] Deus está na congregação dos poderosos; julga no meio dos deuses.

Até quando julgareis injustamente, e aceitareis as pessoas dos ímpios? (Selá.)
Fazei justiça ao pobre e ao órfão; justificai o aflito e o necessitado.
Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios.
Eles não conhecem, nem entendem; andam em trevas; todos os fundamentos da terra vacilam.
Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes.
Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações." (Salmo 82)

Mais claro que isso impossível. Aí me perguntaria você, então a bíblia se contradiz? Bem, deixe eu falar algo sobre a bíblia para você que talvez não seja de seu conhecimento: A Bíblia não é um livro único, coeso e escrito pelo mesmo autor (apesar de que para os cristãos o autor é único, Deus), a bíblia é um compêndio de livros escritos por autores diferentes em épocas diferentes. O velho testamento, por exemplo, é um apanhado de escritos antigos, baseados em outro ainda mais antigos. O Gênesis, por exemplo, foi baseado em escritos da época da antiga Suméria e está cheio de influencia Anunnaki. 

As diferentes verdades bíblicas

Quem conhece bem a biblia, não deixa de notar a enorme diferença entre o deus irascível e vingativo do antigo testamento para o pai amoroso e misericordioso do novo... por que é assim? Na época em que os "deuses" viviam entre nós, a Terra era dividida em regiões que eram protetorado de um "deus" diferente. O Oriente Médio era protetorado de Enlil, assim como a África era de Enki e a América do sul de Ningishida (Quetzalcoatl), filho de Enki.
O antigo testamento é baseado única e exclusivamente nos ensinamentos de Enlil, o protetor do povo judeu. Enlil tinha uma inimizade com seu irmão Enki pelo fato de este ter "brincado de Deus" e ter criado o homem e por diversas vezes Enlil intentou destruir a criação de seu irmão. Entretanto, depois de aceitar que a humanidade era essencial para a sobrevivência anunnaki, Enlil decidiu manter seus protegidos "na rédia curta" e passou a maioria dos ensinamentos e estórias que vemos no antigo testamento. É dele a "conversa fiada" de que a serpente mentiu para Eva e bla-bla-blá. Não era nada interessante para Enki que os escravos humanos descobrissem que ele não era o Senhor todo-poderoso e que eles também eram divinos.
Já Jesus, veio aqui para nos contar a verdade. Ele não se preocupou em tentar desfazer o estrago que os outros deixaram. Ele veio, viveu e nos mostrou a verdade fundamental de que nós somos "filhos de Deus", isto é, da mesma natureza que ele, e que devemos deixar de viver como animais e passar a viver como seres elevados que somos. 

Jesus plantou a semente

Alguns podem pensar que Jesus não foi tão bem sucedido em sua missão, visto que o homem não mudou muito desde então. Devo discordar dos que pensam assim. O mestre, desperto e plenamente ciente de sua natureza divina, sabia que despertar a humanidade não era tarefa para o tempo de uma única vida. O que ele fez foi plantar a semente que está germinando na atualidade, mas que pode ter seus efeitos sentidos desde a séculos. Pare para pensar um pouco; Antes de Jesus vir aqui, a diversão dos homens era levar seus escravos para arenas para se matarem ou serem comidos por feras. Antes de Jesus descer, a escravidão era o regime político mais comum entre as nações. Demorou alguns anos para os efeitos de seus ensinamentos darem seus primeiros frutos, mas não tenha dúvida de que foi a crença judaico-cristã que levou o mundo a abolir tamanhas atrocidades, apesar de muitas outras continuarem nos perseguindo.

A verdade que não é pregada

Durante todos os anos que passei indo a igreja, nunca vi nenhum pastor pregar sobre os trechos bíblicos que postei acima. Por que?! Pelos mesmos motivos que fizeram Enki ensinar o que ensinou: Controle. Se o Pastor sair por aí pregando que Deus está dentro de nós, que nós somos particulas divinas e que não necessitamos de alguém que nos ensine coisa alguma, pois a verdade está dentro de nós, se disser que não precisamos ser salvos de nada, quem permanecerá sobre seu julgo? Ninguém! Todos são mantidos fiéis por causa do medo de ser lançado no "lago de fogo" se não seguir à risca a "doutrina" ensinada pelo Sacerdote. Esse é o motivo de ignorar certos ensinamentos e enfatizar outros. Hoje, com certeza, os cristãos teriam a mesma reação que os antigos judeus tiveram se Jesus aparecesse dizendo-lhes que Deus está dentro de cada um deles.

Libertos das amarras religiosa, caminhemos.

Um abraço.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A insustentável leveza do ser


Você já imaginou a dificuldade enfrentada pelo Ser, seu Eu superior, para se manifestar nesta dimensão física? Você consegue compreender o desafio que é tentar realizar uma missão ou cumprir um plano traçado com os recursos extremamente limitados que o Ser dispõe aqui? Este post vem abrir um pouco sua mente sobre esse aspecto tão negligenciado por nós mas que é de considerável importância.

O nascer e o morrer

Para o ser humano médio, adormecido e perdido no mundo físico, o nascimento é uma celebração, tradicionalmente comemorada todos os anos da vida do indivíduo. Enquanto a morte é encarada com extremo pavor e vista como o fim da linha, a maldita sina humana a que, mais cedo ou mais tarde, todos têm que sofrer. Você que acompanha esse blog já sabe do tremendo engano que é lidar com a morte da forma que a humanidade lida hoje. Mas, alguma vez você já imaginou como o Ser, seu verdadeiro Eu encara essa dualidade nascimento/morte?
Sob a ótica do Ser, de certa forma as coisas se invertem; o nascimento é encarado pelos seus pares e por ele mesmo como um sacrifício a se fazer a fim de se atingir um objetivo. Nascer é como o morrer para o Ser livre, pleno e em unidade com tudo o que é. Mas como assim? Alguém perguntaria. Ora, tente entender com os olhos do Ser o que o nascimento neste mundo representa. Nascer significa esquecer-se de quem é, perder a comunhão com a Fonte, afastar-se dos seus pares e do ambiente o qual se vive, perder a liberdade de ação e estar confinado em um veículo limitado, fraco e imperfeito. E ainda comemora-se todo ano este momento “sublime”.
Em contrapartida, a morte é um momento de extrema alegria, paz e regozijo. Existe farto numero de relatos sobre casos de quase morte onde as pessoas sempre dizem ter sentido uma tremenda paz e alegria. Isto é sintomático a respeito do que estou falando. O Ser, ao se livrar do veículo físico, tem a possibilidade de recobrar a consciência, libertar-se do mundo pesado que é o físico e “retornar para casa“ e para o convívio dos seus, que o recebem com extrema alegria. Digo tem a possibilidade pois na maioria das vezes não é isso que acontece, a situação degradante da humanidade é tal, que ao morrer o Ser se livra do corpo de carne, mas permanece com o corpo emocional, também conhecido como corpo astral ou períspirito, aquela parte do veículo que se identifica com a mente e leva para o outro lado todas as “mazelas” emocionais do veículo. Já falamos sobre isso aqui.
Pode parecer que eu estou sendo um tanto quanto sombrio e pessimista, mas, infelizmente, esta é a verdade. Quantas e quantas pessoas, depois de uma noite desfrutando um pouco da dimensão astral, ao chegar o momento de acordar de manhã e voltar para suas vidas, sente um desânimo e uma vontade de não voltar à prisão dimensional? Você se assustaria com a quantidade de pessoas que estão nessa situação. O único motivo que as faz ter forças de voltar ao corpo e levantar de manhã é sua missão, seu objetivo almejado para essa vida.

Carro desgovernado

Além do fato de ter que suportar a prisão dimensional, a esmagadora maioria dos Seres tem que aguentar um veículo (corpo/mente) rebelde e desgovernado. Meu Ser me contou o quanto é desgastante você lidar com um veículo que tem vontade própria e é surdo para com seu “condutor”. Deixe-me fazer uma analogia para que você possa entender o suplício que o Ser tem que enfrentar durante sua passagem por aqui:
Imagine que você seja o Ser, o Eu superior pronto para uma jornada no planeta Terra e que um carro de passeio seja o seu veículo de manifestação no físico. Agora, sua missão é entrar no seu veículo e ir ao aeroporto para pegar um parente seu que vem o visitar. Parece uma missão bem simples não é verdade? Mas e se ao sair da garagem, você percebesse que o volante do carro é extremamente duro e pesado de se manobrar e que, de vez em quando, ele vira sozinho e entra numa rua completamente fora de sua rota? Que quanto mais você tente corrigir a rota, mais o carro se rebela e entra num desvio? Será que você algum dia conseguiria chegar ao aeroporto? Talvez um milagre o ajudasse.
Entende agora o quanto é desanimador para o Ser ter que “aturar” o veículo (Corpo/Mente)? A sorte é que nosso Ser é paciente, ele sabe que aquele veículo pode um dia, talvez, acordar, sair da rebelião e voltar aos trilhos... e se ele não amansar, nada como outra tentativa com um veículo novinho lá na frente. O Ser não tem pressa, ele tem a eternidade toda pela frente, ou melhor, ele não se preocupa com o tempo pois sabe que este é uma ilusão útil apenas ao veículo.

Adaptação difícil

Um dos momentos mais críticos para o Ser em sua jornada no físico são os primeiros anos de vida. Neste período o Ser está extremamente limitado em suas ações, está confinado em um corpo diminuto e tem que aprender as particularidades daqui; comer, falar, pensar... tudo é novidade e difícil de se fazer. A infância é uma das particularidades deste planeta e também um dos grandes entraves na jornada do Ser. Pois esse é um momento onde o veículo está mais fragilizado e suscetível às investidas do sistema e o Ser não tem muito poder de atuação ainda. Quando a Terra ascender da condição de prisão em que se encontra, a infância será uma das coisas que desaparecerá também. Não que a infância seja algo negativo, de forma alguma, ela é extremamente útil em um mundo sem amor como o nosso. A condição frágil, meiga e dependente da criança ajuda a criar o vinculo amoroso entre ela e os pais visto que na maioria das vezes, neste planeta, laços de sangue significam carma, resgate, culpa, remorso. Em outros planetas esse tipo de vinculo não existe, o amor incondicional é incompatível com os laços familiares. O Ser manifesta seu amor a todos sem distinção ou preferências. No nosso planeta isso é ainda uma utopia.  

No despertar, a paz

Quando a pessoa desperta do sono de Maya, as coisas se tornam muito mais fáceis para o Ser. Todo o problema com o “carro desgovernado” começa a desaparecer e o Ser pode cumprir seus objetivos com mais facilidade. Por isso é tão importante que você desperte, quanto mais pessoas despertarem, melhor, é o efeito do 101º macaco. Com o despertar, inevitavelmente vem a paz e a serenidade de que este planeta tanto carece. Sem o movimento de resistência do veículo, mente e espírito podem andar juntos e a existência neste plano passa a ser uma jornada bastante interessante.

O fim do Medo

A primeira coisa que vai embora quando se está desperto é o Medo, uma vez que a raiz primeira do medo é a morte. Com o Ser em constante comunhão com o veículo, o medo da morte perde o sentido e todas as outras formas de medo tendem a se esvair no mar do esquecimento. Sem medo, o Ser pode se expressar plenamente e a liberdade pode ser experimentada novamente, em menor escala, é claro, mas o desperto efetivamente torna-se inabalável. Que coisa pode ameaçar alguém sem medo? A morte, a fome, o futuro? Com a consciência da imortalidade, nada pode atingir o desperto! Com esse grau de liberdade, você deixa de gastar a vida procurando meios para se proteger (Emprego estável, aposentadoria, acumulo de riquezas...) e passa a focar no que realmente importa e para o que você veio fazer aqui. É assim que o carro deixa de ser desgovernado e o Ser fica pronto para cumprir seu objetivo.

Um abraço.
de Ser para Ser.