quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mundo espiritual, karma e reencarnação

Já falei um pouco aqui no blog sobre espiritualidade. Hoje quero me aprofundar um pouco no assunto e convidar você a refletir comigo sobre o mundo espiritual, karma e reencarnação.

O Além

A maioria das pessoas evita pensar sobre o além por causa do medo da morte. Preferem focar no aqui e agora e agarram-se a ilusão do mundo físico com unhas e dentes achando que isso é tudo o que existe e que depois da morte, vem a aniquilação, o inferno ou o julgamento. Entretanto, para aqueles que já superaram esse temor e já tem consciência de que a morte não existe, é apenas uma passagem, surge a inquietação de saber como é o outro lado.
O outro lado, meu amigo, será aquilo que sua mente criar, exatamente como aqui. O que já foi discutido no blog sobre o universo como criação da mente, vale também para o “lado de lá”. Com uma ressalva de que lá, a inercia é bem menor e o pensamento pode ser manifestado com mais facilidade. No plano espiritual a matéria é mais plástica e menos resistente ao pensamento disciplinado e dirigido. Isso não significa que quando morrermos iremos nos tornar verdadeiros deuses e criar um universo próprio a nosso bel prazer, de maneira alguma. Ao deixarmos a fisicalidade adentramos o plano espiritual levanto as mesmas limitações, bloqueios e imperfeições que tínhamos enquanto vivendo no universo físico. A situação que nos encontraremos lá será consequência direta do conhecimento que adquirirmos aqui. É por isso que o controle exercido sobre nossas mentes do lado de cá se perpetua do lado de lá.
No mundo espiritual os “universos compartilhados” são bem mais numerosos e heterogêneos quando comparados com o mundo físico. Isso acontece como consequência da menor resistência de manifestação do pensamento. Assim, você pode se deparar com seres vivendo em situação extremamente degradante e outros vivendo uma certa “bem-aventurança” e paz. Os chamados planos espirituais, nada mais são do que frequências vibratórias onde espíritos com padrões mentais semelhantes se sintonizam. Assim, você pode encontrar infernos, paraísos, e toda uma gradação entre esses dois com cidades astrais e gente vivendo lá uma vida bem parecida com a que vivemos aqui. Inclusive podem ter espíritos isolados em suas próprias mentes remoendo suas culpas por séculos a fio. Tudo continua uma questão de como você cria sua realidade.

Os obreiros da espiritualidade e a lei do karma

É bastante frequente você encontrar em livros sobre espiritualidade relatos sobre mentores espirituais, guias, conselho karmico, hierarquia terrena e por aí vai. Não quero dizer que tais entidades e organizações não existam. De fato, acredito que existam. Entretanto, é preciso que analisemos com bastante cuidado a razão de ser de toda essa organização extra-física.
No meu entender, karma é mais um mecanismo de controle, isso já deixei bem claro no blog. No entanto, será que conseguiríamos, como raça, subsistir sem essa lei? Levando em consideração a situação que nos encontramos hoje, acredito que a esmagadora maioria da humanidade não conseguiria. É como no filme Matrix onde Morfheus conta a Neo que depois de uma certa idade não era recomendado tirar a pessoa do sistema sob o risco da mente não resistir. É aí que entram os obreiros, mentores espirituais, guias, conselhos... é preciso que saibamos que todos eles são seres humanos como eu e você, só não estão no mundo físico. Muitos deles têm um conhecimento da realidade e de si mesmo bem próximo do nosso e estão lá cumprindo um papel por amor aos entes queridos do lado de cá, por achar que fazendo o bem irão melhorar... enfim, estão dentro da matrix assim como nós, só que com um pouco mais de liberdade. Por outro lado, acredito que existam seres do lado de lá que estão bem cientes da situação da humanidade. Seres que sabem quem são e qual a sua origem. Estes, seriam como Morfheus que preferem não tirar as pessoas do sistema para não causar um dano ainda maior em suas mentes. É muito difícil para um ser se libertar de um condicionamento em que está preso a milênios. Assim, esses seres humanos despertos tentam nos ajudar da maneira que podem. São eles que se utilizam da ilusão da lei do karma, ou causa e efeito, para nos ajudar a superar nossas culpas e patologias psíquicas que impedem nossa libertação. Lembre-se que o karma só tem validade por que acreditamos que deve ser assim.

A reencarnação como remédio

A maioria de nós que está hoje encarnada, veio aqui para se curar de seus ódios, culpas, medos, neuras e todo tipo de patologia psíquica que acomete a humanidade. Por isso é que, na maioria das vezes, o ser nasce no meio daqueles que foram seus desafetos do passado. O pai se torna filho de seu algoz, para transmutar ódio em amor. Inimigos se tornam irmãos, outros se tornam mães daqueles que magoaram para compensar a culpa de agravos passados, outros nascem com deformidades físicas, porque acreditam que assim irão expurgar erros pretéritos... e assim somos compelidos a curar nossas mentes para nos libertarmos do controle. Mas como a fisicalidade é o palco onde o controle se efetiva, muitos de nós sucumbe e perde a chance de se curar. Chegando, muitas vezes a voltar pro lado de lá pior do que viemos! Existem também aqueles espíritos despertos que “descem” ao físico para tentar ajudar os que aqui se encontram a se libertar da prisão mental. Imagine você o sacrifício que é para um espírito livre que, por amor, se submete ao controle da matrix correndo o risco de se emaranhar no drama criado para nós e cair na mesma armadilha que prende o resto da humanidade.

É você quem escolhe

Assim, amigo, você tem toda liberdade de experimentar a realidade da maneira que melhor lhe convier. Estude, se aprimore e busque se libertar da ilusão enquanto está aqui. Dessa maneira, ao chegar do lado de lá, você poderá usufruir da liberdade que é inerente ao espirito humano. Liberte-se das prisões mentais aqui e agora, sob pena de tornar-se refém delas do lado de lá.

Seja você, seja livre!!!

Um abraço.

domingo, 21 de novembro de 2010

Meu universo é diferente do seu?

Já vimos aqui no blog que o universo é um holograma e é criado por nós mesmos, é uma manifestação de nossa consciência. Se é assim, podemos refletir e levantar a seguinte hipótese: Se a realidade é criação da minha mente, posso criar/viver uma realidade diferente das outras pessoas? Parece loucura, mas seguindo a premissa inicial é bastante lógico pensar assim, você não acha? 
Esse post irá tentar desenrolar esse nó e mostrar que é perfeitamente possível que o meu universo seja diferente do seu assim como o seu pode ser diferente do universo do seu vizinho.

É tudo uma questão de vibração

Se fosse possivel (na verdade eu acredito que seja) para nós vislumbrar o universo fora da masmorra de nossos 5 sentidos físicos, veríamos que a realidade é uma verdadeira sinfonia vibratória onde todos os planos existenciais e realidades convivem juntos harmoniosamente, interpenetrando-se mutuamente sem, contudo, interferir um no outro. Veríamos que nosso universo físico é aquele cuja oitava de vibração é a mais baixa e lenta dentre os diversos espectros de realidade existente. 
Para tentar entender como isso funciona, vamos fazer uma anologia entre as diversas realidades e a tecnologia de comunicação que nós possuimos. Nossa infra-estrutura de comunicação, engloba diversos tipos de dispositivos tais como celulares, televisores, radio e internet. Todos esses dispositivos são emissores/receptores de sinal cujo meio de transmissão é o ar. Cada um opera em uma freqüência de onda diferente. O celular tem seu próprio intervalo de freqüências que é dividido entre as diversas operadoras, assim como a televisão e o rádio tem os seus intervalos respectivamente. Todos os sinais estão compartilhando o mesmo meio que é o ar, entretanto, você nunca vai conseguir captar uma conversa de celular no seu rádio e muito menos vai conseguir sintonizar uma estação de rádio através de sua TV. Deu pra visualizar como a coisa funciona? 

Nos encontramos quando sintonizamos nossas consciências 

Trazendo agora a analogia para nosso assunto, nossa consciência é como um emissor de sinal, como uma emissora de televisão, cujo "canal" é a realidade. Nosso cérebro é como um decodificador de sinal que sintoniza no canal da nossa consciência e transmite na tela de nossos sentidos o universo físico correspondente. Sendo assim, o "canal que estou assistindo" não necessariamente será o mesmo que você. Então você me perguntaria: "Você está louco?! Se não estamos sintonizados no mesmo canal, como é que estou lendo o seu post??". Explico: Para que possamos interagir com outras consciências, necessitamos nos sintonizar na mesma freqüência, compartilhar o mesmo espectro vibratório.  É por isso que você está aqui lendo esse post e o seu vizinho sequer sabe da existência dele. Por que seu vizinho, está sintonizado em outra faixa, não está interessado nos mesmos assuntos que você, prefere assistir ao canal de futebol, percebe? 
Quando criei este blog, divulguei-o entre meus familiares e conhecidos, sabe o que aconteceu? Só obtive feedback de duas pessoas, uma disse que não entendeu nada e a outra perguntou o que eu andava fumando!!! Ou seja, apesar de eu ter forçado a barra para eles conseguirem sintonizar-se comigo a ponto de perceber a existência do blog, suas consciências não foram capazes de sintonizar-se com as idéias colocadas aqui.

Somos seres multidimencionais

A maioria das pessoas percebem-se a si mesmo como sendo o corpo físico que elas controlam. Se você fizer a pergunta "Quem é você?" a elas, imediatamente visualizarão seus corpos como sendo sua identidade. Na verdade, o corpo fisico é apenas o veículo de manifestação nessa oitava de freqüência conhecida como universo físico. Nossa consciência é constituída de várias camadas, cada uma delas corresponde a um veículo de manisfestação dimencional, sendo o corpo físico a camada mais externa. Assim, podemos imaginar o todo de nossas consciências como sendo camadas concêntricas em cujo centro está aquela essência divina que todos possuimos. 
Podemos imaginar também a realidade de cada um de nós como a "área de cobertura" de nossa "antena consciencial". Quando interagimos uns com os outros, interagimos na intersecção entre nossas "transmissões", percebe? É nessa intersecção que está o universo "compartilhado" que experimentamos. 

A expansão da consciência diminui a intersecção

Quando expandimos nossa consciência, aumentamos nossa "área de cobertura" e passamos a ter vislumbres das oitavas acima da física. Nessa categoria estão os videntes, paranormais e também os despertos como eu e você. Para nós isso é uma coisa boa, mas como conseqüência também experimentamos um certo isolamento, já percebeste? Isso acontece porque a expansão da consciência aumenta o "raio da circunferência" de nossa realidade afastando cada vez mais o centro de nossa consciência do centro das consciências "adormecidas". Assim, o universo que manifestamos fica cada vez mais distante do universo compartilhado, de consenso. Quer um exemplo?
Você já passou pela situação onde cruzou com um conhecido na rua ou esteve com ele no mesmo ambiente, prédio, shopping ou restaurante e sequer um notou a presença do outro? De repente vocês conversam e descobrem que estiveram no mesmo lugar e um diz pro outro, "Mas fulano, você estava lá e eu nem te vi?!". Ou,  no caso oposto, você pensa numa pessoa e logo em seguida ou pouco tempo depois ela liga pra você! "Vixe fulano, você não morre hoje, estava falando (ou pensando) em você." 
Já ouvi um caso onde uma pessoa andava por uma rua e cruzou com uns sujeitos perigosos. A pessoa estava bem vestida, celularzão no bolso, relógio bonito e os sujeitos sequer notaram sua presença. Um pouco mais na frente, a pessoa viu vindo do mesmo local um jovem só de cueca. Os sujeitos tinham-lhe roubado tudo. Porque aconteceu assim? Esse tipo de coisa vive acontecendo. Na verdade a pessoa que mencionei estava vivendo num universo cuja intersecção com os sujeitos era quase nula, digo quase porque ela pode percebê-los, mas eles, de alguma forma, não a viram, mas viram o pobre rapaz que vinha logo atrás.

Espero que o texto não tenha sido difícil para você digerir.

Um abraço, rumo a ascensão.

sábado, 13 de novembro de 2010

Somos todos Um - Parábola do que morreu

Você estava a caminho de casa quando você morreu. 

Foi um acidente de carro. Nada particularmente memorável, mas fatal de qualquer forma. Você deixou uma esposa e dois filhos. Foi uma morte sem dor. O resgate tentou o melhor pra te salvar, mas sem sucesso. Seu corpo estava tão completamente quebrado que foi melhor assim, confie em mim. 

E foi ai que você me conheceu. 

"O que... o que aconteceu?" você me perguntou. "Onde estou?" 

"Você morreu." eu disse, de prontidão. Sem medir as palavras. 

"Havia um... um caminhão e eu estava derrapando descontrolado..." 

"É..." eu disse. 

"Eu... eu morri?" 

"Sim. Mas não se sinta mal. Todos morrem." eu disse. 

Você olhou ao redor. Não havia nada. Apenas eu e você. "O que é este lugar?" Você perguntou. "Isso é o vida depois da morte?" 

"Mais ou menos" eu disse. 

"Você é deus?" você perguntou. 

"Sim" eu respondi. "Eu sou deus." 

"Meus filhos... minha esposa" você disse. 

"E quanto a eles?" 

"Eles ficarão bem?" 

"Isso que eu gosto de ver" eu disse. "Você acabou de morrer e sua maior preocupação é sua família. Há uma coisa boa ai." 

Você olhou para mim com fascínio. Para você, eu não me parecia como deus. Eu apenas parecia como outro homem. Ou possivelmente uma mulher. Alguma figura com vaga autoridade, talvez. Mais uma professora de gramática que o todo-poderoso. 

"Não se preocupe" eu disse. "Eles estarão bem. Seus filhos se lembrarão de você como perfeito em todos os sentidos. Eles não tiveram tempo de crescer e desrespeitá-lo. Sua mulher ira chorar por fora, mas estará aliviada secretamente. Para ser sincero, seu casamento estava desmoronando. Se serve de consolo, ela se sentirá muito culpada de se sentir aliviada." 

"Ah..." você disse. "Então, o que acontece agora? Eu vou para o paraíso ou alguma coisa do tipo?" 

"Nenhum dos dois" eu disse. "Você vai reencarnar." 

"Ah..." você disse. "Então os hindus estavam certos" 

"Todas as religiões estão certas na suas próprias maneiras," eu disse. "caminhe comigo." 

Você me seguiu enquanto caminhávamos através do nada. "Onde estamos indo?" 

"Nenhum lugar em particular," eu disse. "apenas é legal caminhar enquanto conversamos." 

"E, qual o objetivo, então?" você perguntou? "Quando eu renascer, estarei zerado, certo? Um bebê. Então todas minhas experiências e tudo que eu fiz nesta vida não vão importar." 

"Nem tanto!" eu disse. "Você tem por dentro todo conhecimento e experiências de todas suas vidas passadas. Você apenas não as lembra neste momento." 

Eu parei de andar e coloquei as mãos no seu ombro. "Sua alma é mais magnífica, bonita e gigante do que você possa imaginar. Uma mente humana pode conter apenas uma pequena fração do que você realmente é. É como enfiar seu dedo em um copo de água para ver se esta quente ou fria. Você coloca uma pequena parte de você em um recipiente, e quando você tira você ganhou todas as experiências que ele tinha." 

"Você tem sido humano pelos últimos 48 anos, então você ainda não esparramou pra fora toda a suam imensa consciência. Se caminhássemos por tempo suficiente, você começaria a se lembrar de tudo. Mas não há razão para fazer isso entre cada vida." 

"Por quantas vidas eu estive reencarnando, então?" 

"Ah, muitas. Muitas e muitas. E em muitas vidas diferentes." Eu disse. "E desta vez, você será uma lavradora chinesa em 540 d.C." 

"Espere, o que?" você bravejou. "Você vai me mandar de volta ao passado?" 

"Bem, acho q sim, tecnicamente. O tempo, como você conhece, existe apenas no seu universo. As coisas são diferentes de onde eu venho." 

"De onde você vem?" você perguntou. 

"Ah claro," eu expliquei. "Eu vim de outro lugar. Outro lugar. E existem outros como eu. Eu sei que você quer saber como é lá, mas honestamente você não entenderia." 

"Ah," você disse, um pouco chateado. "Mas espere. Se eu reencarno em outros lugares no tempo, eu posso ter reencarnado em mim mesmo em algum ponto." 

"Claro. Acontece o tempo todo. E com as duas vidas tem conhecimento de sua própria existência, você nem sabe que está acontecendo." 

"Então qual o sentido de tudo isso?" 

"Sério?" eu perguntei. "Sério que você esta me perguntando o sentido da vida? Isso não lhe parece um estereótipo?" 

"Bom, é uma pergunta justa." você insistiu. 

Eu te olhei nos olhos. "O sentido da vida, a razão que eu fiz esse universo inteiro, é para você se desenvolver." 

"Você diz a humanidade? Você quer que a gente se desenvolva?" 

"Não, apenas você. Eu fiz este universo inteiro pra você. Com cada nova vida você cresce e desenvolve um maior e melhor intelecto." 

"Só eu? E todas as outras pessoas?" 

"Não há outras pessoas," eu disse. "Neste universo, só há eu e você." 

Você olhou surpreso pra mim. "Mas e todas as pessoas na terra..." 

"Todos você. Encarnações deferentes de você." 

"Espere! Eu sou todo mundo!?" 

"Agora você esta entendendo," eu disse, com um tapinha nas costas de congratulações. 

"Eu sou todo humano que já viveu?" 

"Ou que irá viver, sim" completei. 

"Sou Abraham Lincoln?" 

"e você também é John Wilkes Booth*" , adicionei. 

"Eu sou Hitler?" você perguntou chocado. 

"E os milhões que ele matou." 

"Eu sou Jesus?" 

"E você também é todos que seguiram ele." 

Você ficou em silêncio. 

"Toda vez que você mal a alguém," eu disse, "você estava fazendo mal a você mesmo. Toda bondade que você fez, você a você mesmo. Todo momento feliz ou triste vivido por qualquer humano, foi ou será vivido por você." 

Você pensou por um longo tempo. 

"Por quê?" você me perguntou. "Por que tudo isso?" 

"Porque algum dia, você se tornará igual a mim. Por isso você é o que é. Você é minha criança." 

"Uau!" você disse, incrédulo. "Você quer dizer que eu sou um deus?" 

"Não. Ainda não. Você é um feto. Você ainda esta crescendo. Quando você tiver vivido toda vida humana do inicio ao fim, por todos os tempos, ai você terá crescido o suficiente para nascer." 

"Então todo o universo," você disse, "é apenas..." 

"Um ovo." eu respondi. "Agora é hora de você seguir para sua próxima vida." 

E te mandei pelo seu caminho. 

*John Wilkes Booth assassinou Abraham Lincoln.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

NÓS NOS TORNAMOS DOENTES?

 
Sem saúde não há vontade firme, não há alegria, não existe mesmo disposição para o trabalho e para o amor. Todas as doenças são autocriadas. Até os médicos mais conservadores começam a perceber como é que as pessoas adoecem a si mesmas. Sempre que o homem se vê como culpado, a enfermidade torna-se inevitável. A maioria o faz de uma forma verdadeiramente inconsciente (não sabem o que estão fazendo). Por isso, quando ficam doente, não sabem o que foi que as atacou. Isto acontece porque a maioria das pessoas passa pela vida inconscientemente – e não apenas em questões de saúde e as suas conseqüências. A verdade é que muitas pessoas se matam de inquietação.

A inquietação é a pior forma de atividade mental que existe – a seguir ao ódio, que é profundamente destrutivo. A inquietação é inútil. É um desperdício de energia mental. Cria reações bioquímicas que prejudicam o organismo, causando tudo, desde a indigestão à parada cardíaca. A inquietação é a atividade de uma mente que não entende a sua ligação com a FORÇA CÓSMICA SUPERIOR.

O ódio é o estado mental mais seriamente prejudicial. Envenena o corpo e os seus efeitos são praticamente irreversíveis.

O medo é o oposto de tudo aquilo que és e por isso tem um efeito de oposição na saúde física e mental. O medo é a inquietação ampliada.

Inquietação, ódio, medo – juntamente com os seus derivados: ansiedade, amargura, impaciência, avareza, antipatia, criticismo e condenação – atacam, todos eles, o organismo ao nível celular. Nessas condições é impossível ter um corpo saudável.

Analogamente – embora num grau ligeiramente inferior –, a presunção, a auto-indulgência e a ganância conduzem à doença física.

Todas as doenças são primeiro criadas na mente. Nada acontece na vida – nada – que não seja primeiro um pensamento. Os pensamentos são como ímãs que atraem os efeitos. O pensamento poderá não ser sempre óbvio, como, por exemplo, “Vou contrair uma doença terrível”. O pensamento pode ser muito mais sutil: “Não mereço viver”; “A minha vida é sempre uma complicação”; “Sou um fracassado”; “Deus vai me castigar”; “Estou farto da minha vida”.

A mente está destruída por pensamentos negativos. Alguns são infligidos. Muitos são criados – evocados – e depois, acolhidos e alimentados durante horas, dias, meses, anos. Todos que pedem a enfermidade condenam-se a buscar por medicamentos que não podem ajudar, porque a sua fé está na enfermidade e não na salvação.

O corpo foi criado para durar eternamente. Os primeiros homens viveram sem sofrimento e sem medo da morte. Você é o corpo da FORÇA CÓSMICA SUPERIOR! Jesus de Nazaré disse a inevitável verdade: “Eu e o Pai somos um só”.

Os cientistas já constataram que construímos um novo corpo de onze em onze meses – portanto, do ponto de vista físico, temos apenas onze meses de idade. Se você constrói um corpo imperfeito, com pensamentos negativos, o único responsável será você mesmo. Você é a soma total de todos os seus pensamentos. Não há nada que a mudança dos pensamentos não possa afetar, pois todas as coisas externas são apenas sombras de uma decisão já tomada. Mude a decisão. Mudando a decisão, como poderá a sua sombra ficar inalterada?

Se fala constantemente das suas doenças e sintomas, impede a ação cinética, que significa a libertação do poder de curar e da energia da sua mente subconsciente. Pela lei da sua própria mente, as imagens negativas tendem a tomar forma. Por exemplo: a raiva se localiza no pescoço; o medo nas costas e nos ombros; a tristeza, a angústia e a ansiedade se concentram no tórax e no diafragma; as dificuldades sexuais comprometem a pélvis; problemas localizados nas pernas e nos pés são resultados de insegurança. 

A criança normal vem ao mundo com saúde perfeita, com todos os seus órgãos funcionando normalmente. Este é o estado normal – e deveríamos permanecer pela vida afora com saúde e vitalidade. O instinto de conservação é o mais forte instinto da natureza humana, constituindo uma verdade poderosa, sempre presente e constantemente em ação, inerente à própria natureza humana. É óbvio, portanto, que todos os nossos pensamentos, idéias e crenças possuem força maior quando estão em harmonia com o princípio da vida inato que há em nós e que está sempre procurando preservar-nos e proteger-nos. Por isso é que as condições normais podem ser restauradas com a maior facilidade.

Nós não nascemos doentes, nós nos tornamos doentes. Assim como somos capazes de nos fazer adoecer, também somos capazes de nos curar. É anormal estarmos doentes – significa simplesmente que estamos indo contra a corrente da vida e pensando negativamente. A lei da vida é a lei do desenvolvimento. Toda a natureza testemunha o funcionamento desta lei, expressando-se, silenciosa e constantemente, através da lei do crescimento. Onde há desenvolvimento, deve haver vida; onde há vida, deve haver harmonia; e onde há harmonia, deve haver saúde perfeita.

Há quem diga que a vida é uma escola e que estamos aqui para aprender. Nós não estamos aqui para aprender, estamos aqui para recordar e recriar Quem somos. A escola é um local onde vamos para aprender alguma coisa que não sabemos. A vida é uma oportunidade de experenciar o que já sabemos. Por isso, não precisamos aprender nada. Precisamos apenas de recordar o que já sabemos e agir com base nisso. A nossa função na Terra não é, portanto, aprender, porque já sabemos, mas relembrar Quem Somos. A FORÇA CÓSMICA SUPERIOR, ao nos criar, deu a cada um de nós o poder de criar que Ela possui como um todo. O nosso corpo físico não se assemelha à FORÇA CÓSMICA SUPERIOR, embora a FORÇA CÓSMICA SUPERIOR possa adotar qualquer forma física que queira. Isso apenas significa que a essência é a mesma. Somos feitos do mesmo estofo. Somos o mesmo estofo, com as mesmas características e capacidades – incluindo a capacidade de criar uma realidade física a partir do próprio ar.

Não tens hipótese de não seres quem és: um espírito puro criativo, que sempre foi e que sempre será. É e sempre foi, e sempre será, uma parte divina do todo Divino.